quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Juventude e a Internet: Professor em tempo real

Por Denise Silva 


Em algumas dezenas de anos, o ciberespaço será o mediador essencial das inteligências coletiva da humanidade(...). Qualquer política de educação terá que levar isso em conta.

   Cibercultura, Pierre Lévy.


Ao contrário de outras obras sobre a era "high tech" o livro Cibercultura de Pierre Levy não traz revelações bombásticas, nem faz previsões sombrias a Paul Virilio ou paradisíacas a Bill Gates. Ao contrário de outros analistas, Levy procura abordar as questões colocadas pelas novas tecnologias de forma realista e cuidadosa. O conceito mais importante desenvolvido na obra é o de que a rede de computadores é um universal sem totalidade, ou seja, que ela permite às pessoas conectadas construir e partilhar a inteligência coletiva sem submeter-se a qualquer tipo de restrição político-ideológica. Partindo deste princípio, Levy encara a Internet como um agente humanizador (porque democratiza a informação) e humanitário (porque permite a valorização das competências individuais e a defesa dos interesses das minorias). Conectado, o cidadão tem condições de interferir diretamente no controle das decisões públicas sem mediadores, algo que pode ajudar a descentralizar, democratizar e aperfeiçoar os serviços públicos.  


Se imaginarmos como um estudante adquiria informação e cultura na década de 1950, conseguimos imaginar o porquê de desenho clássico de uma sala de aula, com professor na frente da sala como principal fonte de informação. Pois havia então pouca mídia especializada para os jovens, como revistas ou mesmo o rádio. A TV engatinha no Brasil. Os amigos, os livros e, sem dúvida, os professores na escola eram as principais fontes de informações, os principais transmissores de conhecimentos, no bate-papo e na relação interpessoal.


Agora imaginemos o dia-a-dia de um aluno de ensino fundamental e médio nos tempos atuais. Rádio, TV, revistas especializadas, o vasto mundo virtual da internet e os livros, que entopem as prateleiras, o inundam de informações úteis ou desimportantes, durante todo dia. A alfabetização para a mídia tornou-se assim fundamental nessa transformação da sociedade industrial para a sociedade da informação. Isso significa, na prática, lançar o colete salva-vidas para que o estudante não naufrague no mar de informações. Pois, ensiná-lo a nadar é ensiná-lo a ler, interpretar e mesmo produzir comunicação, afinal o que não são os blogs e sites senão pequenos produtos de comunicação?


Atualmente, o educador adquiri o importantíssimo papel de mediador da profusão vertiginosa de informações, ou seja, é  ele quem pode instruir o estudante sobre a indústria da comunicação e apresentar-lhe os bastidores do mundo da mídia. Portanto, o desafio agora é transformar a informação em conhecimento. Afinal, o processo de democratização da informação e da cultura tem também um lado perverso; muita informação pode significar muita confusão.

 

Nossas Leituras de todos os Dias

Por Maria de Jesus Gonçalves


 É dever da educação preservar os recursos e investimentos efetuados. Sejam esses investimentos tangíveis ou intangíveis. Sejam  computadores ou outro recurso tecnológico, o seu uso deve ser regulamentado e monitorado. A internet, como os sistemas e programas, faz parte desses recursos e como tal deve se enquadrar na regra geral do uso e aproveitamento deste.



A responsabilidade de trabalhar com jovens e ter que  instrumentalizá-los para a vida,  e além disto, termos que motivá-los  a usar uma leitura crítica e criativa do que estão vivendo e vivenciando, de forma consciente, ética ,utilizando  essa ferramenta tão importante, indispensável  que é a internet. O computador nos dias atuais, não pode ser visto somente como uma simples máquina de entretenimento, mas sim de abertura de mudo de leituras, das mais simples às mais complexas. 



 A internet hoje em dia,  tornou-se uma ferramenta sociedade, chamada por Lévy (1999), de cibersociedade, vem de forma crítica e responsável assumindo o cenário de uma nova forma de protagonizar papeis, seja de educador, seja de educando, pois esta ferramenta nos apresenta novas formas aprender e de ensinar de forma a aumentar nossa responsabilidade pelo processo de ensino aprendizagem.



O desafio que temos é de uma tarefa que não se restringe em ensinar o que fazer, mas de que forma fazer, desafiando-os a pensar, pesquisar, principalmente em como utilizar esses meus de comunicação tão diversificados e tão complexos que o computador nos proporciona.



A inclusão destas leituras se dá através de atividades constantes, portanto, é uma dimensão que leve o educando e o educador irem além do espaço do laboratório da escola, que é a inclusão social, mas numa  missão política,questionadora no ato de ensinar  a aprender simultâneo a atividade.



Qualquer coisa que se faça neste sentido, só acontecerá a partir do instante que proporcionarmos no outro indivíduo diversos mecanismos de autoconfiança.



Portanto, tudo que depositarmos como fonte de inspiração para conectarmo-los a compreensão de um novo saber, será de grande valia no tocante a novos conhecimentos. O papel do educador é extremamente importante, oportunizá-los a reflexões sobre assuntos dos mais diversos, os posicionando criticamente frente a questões políticas, polêmicas, sérias e urgentes em relação ao domínio das novas leituras através das tecnologias de comunicação e da informação.



Nosso trabalho pode ser visto como de um alfabetizador consciente, de textos mais diversificados como: visual, auditivo, gustativo e tato. Percebendo que todos são passíveis de leitura, em códigos embora às vezes parecidos diferentes, mas tão semelhantes nos mecanismos de interpretação, persuasivos a uma possível dominação ou libertação da vida.



Para auxiliá-los nesta tarefa devemos organizar tomando como partida eixos estruturantes que sirva de alicerces para a nova tarefa. As atividades deverão ser propostas com abordagem que proponha o conhecimento dos instrumentos de que deverão sere apresentados nos devidos códigos até chegar a ação proposta a priori dita.



A soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino - essa união caracteriza as ilustrações desta reportagem. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas. Isso acontece, por exemplo, quando as TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual. "A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje", afirma Marcia Padilha Lotito, coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Em outros casos, porém, ela é dispensável. Não faz sentido, por exemplo, ver o crescimento de uma semente numa animação se podemos ter a experiência real.



Numa reportagem de uma revista Nova Escola, propuseram nove dicas bem interessante para se ter o bom uso dessas tecnologia,como se quiséssemos  utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. sendo boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de  colegas.;o currículo  deverá no planejamento anual, ser avaliado e  observar quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas; outro ponto  fundamental é que nos familiazemos  com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.



O específico é antes de iniciarmos a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula; a ampliação para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções;o autodidatismo  a  internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos nos instigando para procuremos  os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.Durante as aulas mostrar a responsabilidade e  ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que pública; a segurança também é um item que devemos discutir sobre as precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.



É legal, pensarmos em parceria caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

 




Bibliografia:



 Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora da Planeta Educação.



As arvores do conhecimentos.São Paulo:Escuta,1995(co-autoria com Michel Authier)



As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática.1.ed.Lisboa: instituto Piaget, 1993.



Pierre Lévy .Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 260 p

 

Orientação aos jovens quanto ao uso da internet

Por Zilma Maria Santana Borges


Vivemos hoje num mundo globalizado onde as distâncias estão cada vez menores, as informações, acontecimento circulam em tempo real. Tudo isso é fruto do desenvolvimento da tecnologia nos anos 60 do século XX se alguém profetizasse este mundo de hoje que ora estamos inseridos, não seria levado a sério, uma vez que falar e ver o interlocutor instantaneamente seria uma utopia para a época. Hoje estamos vivendo essa realidade, nesse mundo globalizado em meio à comunicação e informação instantânea, através da internet podemos nos conectar com o mundo todo, apenas com um click e sem sairmos de nossa sala.



 Essa revolução tecnológica trouxe mudança de hábitos nas vidas das pessoas, principalmente das crianças, adolescentes e jovens, hoje eles falam outra língua, pois desenvolveram competências, explicitas para conviver com estes recursos tecnológicos, e suas quase incompreensíveis gírias de linguagem, sua percepção hipermídia, seu ritmo acelerado de vida, sua ânsia permanente de não perder tempo, sua intimidade com todas as novidades encaminham os jovens a um perigoso mundo totalmente desconhecido.



Uma vez que estes jovens ficam expostos a tudo que há no mundo através da rede mundial de comunicação, a internet tem uma infinidade de informações disponíveis e os jovens precisam receber orientações adequadas para “caminhar” com segurança pela rede de comunicação. Nesse sentido é que a escola deveria entrar como sendo um canal adequado para oferecer essas oportunidades a eles, que precisam receber e buscar uma formação adequada aos dias atuais.



A partir do momento que o jovem tem esse contato com a rede mundial de comunicação, faz-se a ligação direta com um mundo vasto e infinito de informações e imagem. É nessa hora que entra uma das funções básica da escola que é orientar o seu aluno, saber procurar informações, saber estudar, já que as informações estão disponíveis, o importante é fazer com que o jovem saiba acessá-las e assimilá-las.



 Esse acompanhamento da escola ao jovem no mundo da internet é apenas mais um esforço a fim de evitar que este se perca na rede mundial de informações e que tome como sendo verdadeiro o que não é. Pois como já dissemos a rede mundial de comunicação trás de tudo, bom e ruim, é imprescindível que não deixemos que os jovens se percam em seus caminhos, acreditando e tomando como verdade tudo que encontra na sua caminhada pela internet. Já que a internet também oferece risco e perigo a quem ainda não tem experiências.



Os pais da atual geração foram crianças e adolescentes que cresceram sem a presença das mães, devido a questões econômicas estas eram obrigadas a trabalhar fora e deixar seus filhos em frente a uma televisão em atitude passiva. Hoje isso também se repete só que agora a companhia é do computador conectado a internet, atual babá eletrônica. Os jovens continuam crescendo sem a presença de um adulto para orientá-lo. Só que há uma diferença entre a televisão e a internet, ela não é solitária. Nela há entretenimento, jogos, música participação de chat de discussão, uso do MSN para falar com amigos.



Estar em casa entre quatro paredes da uma sensação se tranqüilidade e segurança, mas, no entanto é só aparência, os adolescentes que descobrem a sensualidade, a beleza querem mais é se expor. Abrem paginas no Orkut, criam blogs onde postam fotos e vídeos colocam informações pessoais, o que parece ser uma simples diversão, pode vir a ser uma dor de cabeça, já que eles acreditam não haver conseqüências maiores diante da exposição de sua privacidade. Nunca se sabe quem esta do outro lado da rede e quais as suas intenções, isso é perigoso. Podemos constatar isso através de noticias que nos chegam pelas mídias de crianças e jovens que sofreram violências e ate foram mortas por pessoas que conheceram através de site de relacionamento.



Há também na internet outros perigos que os jovens estão expostos, tais como matérias impróprias como pornografia, comunidades que pregam a violência, o ódio e o racismo de todas as formas, idéias extremistas. São matérias que prejudicam a formação moral e intelectual de crianças e jovens, uma vez que estes não têm a suas faculdades mentais para fazer o discernimento entre o correto e o errado. O que leva a prejudicar o desenvolvimento psico destes jovens. Alem de ser contrario aos valores morais que se prega a uma sociedade para que esta seja mais humana.



Outro problema sério que tem observado como professora é a violação dos direitos autorais, os alunos quando realiza pesquisas para realizar trabalhos vão direto a internet e lá fazem copias, downloads ilegais, outras vezes praticam o plagio que podem ter graves problemas de ordem jurídica, pois é uma prática criminosa e que causam danos financeiros em casos de usos de matérias de áudio, vídeos e imagens a seus autores.



Também não poderíamos deixar de citar que o uso excessivo da internet pode levar os jovens a se viciarem. O que é prejudicial, já que afeta diretamente o rendimento escolar, a sociabilidade e fazem ainda que eles não consigam fazer a separação do mundo real do virtual.



Diante do que foi exposto é que se faz necessário que a escola, como instituição que busca zelar pela formação moral e intelectual de sua juventude, para que no futuro tenhamos uma geração de pessoas mais responsáveis e plenamente consciente de seus direito e deveres enquanto cidadãos, e que através de seu professores procurem orientar adequadamente seus educandos no uso dos recursos tecnologias que fazem parte diariamente do universo dos jovens.                

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Juventude e Internet

A educação é aquilo que permanece depois de


esquecermos tudo o que nos foi ensinado.


HALIFAX


                                                                                                 Lizandra Rodrigues Soares[1]

RESUMO:     Devido ao grande desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação no decorrer dos anos, a Internet tornou-se uma das ferramentas primordiais para a interação entre indivíduos de diferentes classes sócias, ideologias e comportamentos éticos. Não há mais uma delimitação geográfica para a interação que já não é mais face a face e sim máquina a maquina. A internet mudou as interações humanas, visto que, hoje é possível conhecer pessoas de diferentes raças, países, ideologias política, religiosa, moral. Através de um click podemos falar, enviar fotos, mensagens e até mesmo planejar ou efetuar crimes.


PALAVRAS CHAVES: Tecnologia, Internet, Interação.


 


INTRODUÇÃO


            O avanço tecnológico fez com que a sociedade contemporânea perpassasse por profundas transformações nas relações socioculturais, econômicas e políticas. A idéia de mundo globalizado acelerou não só as tecnologias da comunicação e informação, mas exigiu consigo uma mudança nas interações sociais. Essas relações sociais têm sido diferenciadas e pautados nas tecnologias de informação e comunicação produzindo assim um redimensionamento nas relações comerciais, socioculturais, políticas e econômicas. Ao observamos essa mudança podemos afirmar que a forma de interação no Brasil mudou drasticamente, uma vez que a pouco tempo atrás possuíamos uma comunicação precária e a sociedade brasileira possuía uma base fundamentada na vida rural.


            A edição especial da Revista Veja publicou uma reportagem sobre “Geração pontocom” que afirma:


[...] Os jovens de hoje só conhecem essa realidade pelos livros de história. Quando eles nasceram, nos anos 80, o país já tinha instalado um parque industrial grande e moderno e estava conectado por redes de comunicações e por satélites. Na década seguinte, essa modernidade se traduziu na entrada na vida da classe média urbana da mesma tecnologia disponível em países mais desenvolvidos. Para o adolescente, telefone celular, videogame, cartão eletrônico, videocassete e computador sempre estiveram presentes. O PC é um equipamento que acompanhou o jovem praticamente desde seu nascimento. Muitos foram alfabetizados digitando no teclado. Uma pesquisa conduzida com 2 098 adolescentes em sete capitais brasileiras pela consultoria CPM Research mostra que mais da metade deles sabem usar o computador e que 49% o usa regularmente na escola.


 


            Podemos perceber assim que a introdução das novas tecnologias de comunicação e informação mudou totalmente as relações humanas, pois enquanto a geração dos anos 60 e 70 assistiam à televisão que é um entretenimento eletrônico de imagem e som sem interação; os jovens dos anos 80 em diante passaram a ter acesso a internet que é um entretenimento interativo com diálogo rápido, sem delimitação geográfica.


 


O GRANDE DESAFIO


            A internet tornou-se uma grande teia de comunicação virtual, visto que, através dela temos acesso a textos, imagens, sons, vídeos envolvendo diversos conteúdos, ou seja, pesquisa educacional, sites de relacionamentos, notícias do país e do mundo etc. Esta mobilidade da internet trás consigo novos desafios uma vez que estamos perpassando da televisão como um meio eletrônico que forma opiniões mesmo sem haver uma relação de interação, para a internet que possibilita a interação com pessoas de diferentes ideologias, distâncias geográficas e etc. Além disso, a possibilidade de se estabelecer um diálogo rápido, mesmo entre aqueles que se dizem tímidos com dificuldades de relacionamento.


É notório observar que as relações sociais com o surgimento da internet mudaram drasticamente, uma vez que, muitos pais transferiram para a internet a responsabilidade de educar, orientar e dialogar com seus filhos. É fato que muitos pais acham normal o filho passar horas e horas na frente de uma tela de computador desde que esse não saia de casa, pois para estes a violência está nas ruas, nas interações sociais fora de casa e se esquece que a violência também está na internet. Está cada dia mais comum ouvirmos notícias do tipo:


JN, Sábado 12 de Julho de 2008, pág. 20. «Namoro pela Internet acabou em violação» «Uma jovem de 16 anos terá sido seduzida através da Internet e acabou supostamente violada, na madrugada do passado dia 7, por um  empresário, de 33 anos e por um jovem, de 18 anos, de Vagos. Os dois suspeitos foram detidos pela Polícia Judiciária de Aveiro. Tanto quanto o JN conseguiu apurar, a adolescente “namorava” com o homem mais novo através da Internet. Na noite da violação a rapariga foi convidada pelo rapaz para um encontro no café, onde costumava usar a Internet, propriedade do empresário. A jovem saiu de casa sem os pais saberem apanhou boleia do namorado até ao café, acabando num dos quartos situados por cima do estabelecimento, onde terá sido violada. O “namorado” terá então chamado o empresário, tendo este, através do uso da força, obrigado a jovem a manter de novo relações sexuais. Jesus Zing»

            Com isso percebemos que a internet tem seus pontos positivos e negativos dependendo da forma como é manuseada. Outrossim, a internet está em constante crescimento como afirma dados da pesquisa da folha ibrands:

 

Mais de 10 anos se passaram desde o início do acesso comercial à Internet no Brasil e os sintomas de seu crescimento explosivo estão por toda parte. Se em 2001 o número de usuários de Internet no Brasil era de 23 milhões, ou 19% da população do país, segundo dados da pesquisa Folha Ibrands, hoje chega a 41.565 milhões de pessoas, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope//NetRatings no primeiro trimestre de 2008.

(...)O estudo comprovou que o Brasil continua a ser também o país onde se gasta mais tempo conectado à internet em todo o mundo. Aliás, ele se mantém nesta posição desde 2005. A média de tempo online de cada brasileiro no mês de maio foi de 23 horas e 48 minutos, 1 hora e 1 minuto a mais do que a média de abril. O Japão vem em segundo lugar com 21h34min, seguido da França (20h23min), Estados Unidos (19h46min) e Austrália (18h00min).

O Brasil também vive o maior “boom" nas vendas de computadores de uso pessoal. Só no primeiro trimestre deste ano, o Brasil vendeu 2,82 milhões de PCs, o equivalente a 21,5 unidades
por minuto, segundo dados da consultoria IDC. O resultado representa uma alta de 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 2,378 milhões de computadores. A expectativa é que o Brasil feche 2008 com 13 milhões de máquinas vendidas, o que faria do país o quarto maior mercado do mundo, ultrapassando o Reino Unido.

 


            Portanto, podemos concluir que a inovação tecnológica está eliminando fronteiras e isso exige uma mudança de hábito e atitudes de todos os usuários deste meio de comunicação, como também dos pais e responsáveis que devem sim, limitar e controlar o acesso de seus filhos, principalmente, dos menores de idade que ainda não tem condições de discernir o certo e o errado, evitando com isso que a violência esteja dentro de sua casa.



 


REFERÊNCIAS


www.google.com.br – acesso: 22/06/09


http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_084.html, acesso 22/06/09


http://rosabrancapinto.blog.com/3382151/, acesso 24/06/09




[1] Especialista em Lingüística Aplicada ao Ensino de Língua Materna e Literatura e Fundamentos da Docência em Educação a Distância. Professora da Educação Básica do Estado de Mato Grosso. E-mail: lilufreitas@hotmail.com

Juventude e Internet, por Lúcia Schuster

         O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre o comportamento dos jovens frente às novas tecnologias em especial a internet.


        No mundo hoje é impossível viver ou imaginar a vida sem a internet. Ela faz parte do dia a dia das pessoas, principalmente a juventude.


       Juventude e internet já foi tema de discussão da Rede globo. Através de pesquisas feitas descobriu-se que os jovens passam horas em frente ao computador, em páginas de relacionamento, bate-papo, jogos, e outros.        


       Alguns até esquecem-se da vida e ficam horas na internet, para desespero dos pais. Os números mostram que os jovens brasileiros têm grande número de amigos virtuais. Marcam encontros com desconhecidos pela internet, os pais nem ficam sabendo. Os próprios jovens admitem que o interesse acontece mesmo, mas vêem o relacionamento virtual com reservas. Muitos jovens também visitam sites proibidos para menores ou restritos pelos pais.


        Os psicólogos orientam que a família deve estabelecer limites, é a família que deve articular e refletir com os jovens esta orientação sobre os usos da internet. Por outro lado a maioria dos pais têm dificuldades no estabelecimento de limites porque eles não  sabem lidar, muitas vezes com esta situação, por desconhecimento ou por falta de controle mesmo.


        Diante disso, podemos perceber que as relações humanas na vida social não podem mais ser estudadas, compreendidas sem as novas tecnologias, em especial a internet. Também é necessário pensar na transformação educacional levando em consideração os meios de comunicação.


        A internet tornou-se um canal de armazenamento e distribuição de dados digitais nunca visto na história. Ela não só oferece novas possibilidades das mídias entre si, imagens, sons e vídeo, como permite também, certo nível de controle do conteúdo por parte do receptor.


        A revista Época de setembro de 2008 trouxe uma reportagem sobre a internet e a juventude que nasce com o computador em mãos. Que se alfabetizará graças às máquinas, se relacionará graça ao computador... meninas que brincam de boneca com modelos virtuais, meninos que lêem jornal e atualizam o blog com seu time favorito.


        A internet pode trazer grandes benefícios. Um estudante com um computador pode ter acesso ao mundo, às informações do mundo inteiro, através da pesquisa. A internet é um meio de comunicação e interação que diminui as distâncias.


       Na sociedade contemporânea os computadores e celulares fazem parte da vida das pessoas e apresenta como a geração da internet, que já nasceu com as mídias digitais, interage com essa tecnologia como se fosse extensão do próprio corpo. Para esta nova geração as relações são mais em espaços virtuais do que no concreto dia a dia.


        Por outro lado é importante refletir: será que o jovem que tem tanta facilidade em lidar com as novas tecnologias sabe fazer as melhores escolha? Ao navegar pelos links, hipertextos sabem diferenciar e selecionar as informações com equilíbrio, de forma a norteá-lo para uma verdadeira autonomia?


        Para MCLUHAN (2001) os meios de comunicação que através de sua ação, modificam o espaço e o tempo, modificam também as relações entre as várias partes da sociedade transformando a ideia de comunidade. Nesse sentido os jovens organizam-se em grupos virtuais para estabelecer sua comunidade virtual.


        MOREIRA (2003) afirma que a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação trouxe consigo uma nova maneira de (re) organizar  a atividade humana nas mais diversas áreas do conhecimento. Torna-se quase impossível imaginar uma sociedade sem a presença do computador. O uso do computador possibilitou mudanças significativas na maneira de conhecer, conceber e apropriar-se do mundo e, também de relacionar-se com o entorno sociocultural.


       Os jovens são fascinados pelo ORKUT, é uma rede de comunidade social virtual mundial que através de um cadastro permite a comunicação. A maioria dos jovens tem o seu Orkut muito bem elaborado, às vezes se expõe muito colocando sua vida pessoal sem restrições.


        Há também o YouTube, e conforme dados obtidos pelo site mundo das Marcas(2007) o YouTube é um site da Internet que permite que seus usuários assistam e partilhem vídeos em formato digital. Outro artifício muito utilizado pela juventude é o blog.


        As novas tecnologias mudaram a maneira dos jovens consumirem as mídias. Se na geração anterior o consumo de mídia se dava separadamente, em um momento assistia-se televisão e em outro se lia o jornal. Agora se faz tudo simultaneamente enquanto assiste-se televisão navega-se na internet, lê-se jornal, compartilham-se opiniões através do MSN, fala-se ao celular sem nenhuma dificuldade. O conceito da nova geração é “M”, Multimeios, ou seja, a utilização de vários meios ao mesmo tempo, não só para se informar, mas para relacionar-se.


        A partir das leituras e estudos realizados pude refletir e pensar sobre os relacionamentos dos jovens estão mais liberais e atenados com as novas tecnologias com a questão da globalização. Estão resgatando as relações de convívio mesmo através do espaço virtual com familiares e amigos.


        Desta forma, o jovem ao navegar depara-se com múltiplas aventuras de acordo com a sua imaginação, interesse ou necessidade como: conhecimento, interatividade, entretenimento.


        Por outro lado percebi que muitos jovens se fecham, se isolam ficando individualistas e apáticos quanto às questões ligadas ao futuro como a falta de perspectiva profissional.


        Também na aquisição do conhecimento percebi a facilidade que o jovem tem em acessar e lidar com as novas tecnologias. No entanto também há uma preocupação dos jovens que não têm acesso às novas tecnologias, ficam excluídos.


        Muitos jovens mesmo tendo acesso não têm preparo cognitivo e nem um planejamento comportamental para realizar seus valores individuais e culturais.


        Portanto, a internet e as mídias digitais são necessárias e úteis como facilitadores do processo de conhecimento e de interação, como também outras tecnologias podem facilitar e estimular os processos cognitivos, porém é necessário um olhar educacional e pedagógico nessas tecnologias para que sejam mais bem aproveitadas e possam ser mais exploradas para melhorar a aprendizagem dos educandos.


 


 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



CAPOBIANCO, Janaína. Juventude e Internet. Módulo 6. Cuiabá-MT, 2009.


MCLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação; como extensões do homem. Tradução de Décio Picnatari. 11. ed. São Paulo: Cultrix, 2001


MCLUHAN, Steffanie . McLuhan por MacLuan: Conferências e entrevistas. Rio de Janeiro. Ediouro, 2005.


MOREIRA.F.J.G. As tecnologias da informação e comunicação na Educomídia. Orientador, Sebastião Carlos de Morais Squirra. SBC, 2003.


 

Juventude e Internet: Benéfico ou maléfico?, por Eva Aparecida

A internet é o maior meio de comunicação do momento, não limitando se a espaços, distâncias, classes sociais e idade. A cada dia vem tomando o espaço da mídia impressa, do rádio e da TV e, por aglutinar todos os tipos de textos (escrita, imagens e sons) ela tem o poder de chamar a atenção dos jovens, tornando o maior meio de socialização contemporâneo.


Sobre esta variedade dinâmica cito Moran (2001) “a Internet é uma mídia de pesquisa, cuja palavra chave é a “busca” o “search”. É também uma mídia de comunicação, com ferramentas como o “chat”, o “e-mail”, o fórum” (p.6). Diante de todas essas possibilidades que oferece a internet e discutidas por Moran como interessantes para serem utilizadas na educação, Dimenstein (1998) observa ainda que:



Por causa dos novos meios de comunicação, em particular a Internet − a rede mundial de computadores −, nunca em toda a história da humanidade idéias, informações de produtos circularam com tanta rapidez. Diante de um computador, qualquer indivíduo pode ter acesso ao mundo: desde museus, passando pelos mais importantes jornais, até a comunicação com amigos do outro lado do planeta, ao preço de uma ligação local. Estes avanços colocam novos desafios e ameaças, mas, ao mesmo tempo, democratizam o saber e facilitam o progresso individual. (p.9)



Considerando a complexidade e a riqueza a escola precisa entender como os jovens fazem uso da internet e suas representações, para melhor utilizar seu potencial de modo significativo no espaço escolar. A dimensão da internet sufoca o espaço do educador tradicional dentro de quatro paredes e este perde a importância como ator principal do meio social de formação: a escola. Dimenstein diz que "O casamento do computador com a linha telefônica transforma as residências em extensão do escritório (...) Agora, as casas ameaçam virar também sala de aula”. (1998, p.18)


É nesta perspectiva que a escola e os educadores precisam preocupar, buscando alternativas de associar a internet em suas práticas cotidianas. E que esta associação não seja de certa forma apenas um modo de reproduzir o que a internet oferece sem nenhuma intervenção critica. Pois, se assim for, o individuo torna-se insensível e até alienado pelo fato de muita informação recebida.


Para que a tecnologia seja uma extensão do homem, este precisa fazer uso correto em prol de si e seu crescimento intelectual, de forma critica e criativa. O educador contemporâneo tem ficado alheio a esta nova tecnologia (internet), mesmo sendo seus conteúdos imbuídos de múltiplas linguagens (palavra escrita, palavra falada, som e imagem). Portanto, ter disponibilizado e saber como usar, é essencial para não cairmos ao que nos informa Silva (2008):



Marshall McLuhan (1969) vê a mídia como extensões do homem, que aumentam o poder e a influência, mas que talvez capacitem ou incapacitem, enquanto objetos e sujeitos da mídia que enredam mais e mais no profilaticamente social. (p.35).




No inicio do século XX quando McLuhan escreveu que os meios são extensões do homem, talvez o autor não imaginasse que chegaríamos ao final do século com tantas informações e tecnologias, sendo necessário preocupar com uma educação especifica para o uso dos meios.


Com relação à intensidade de desenvolvimento tecnológico e seus efeitos negativos ou positivos sobre o homem, podemos relacionar ao que escreveu McLuhan sobre o desenvolvimento da imprensa em seu livro “A Galáxia de Gutenberg”, que diz o seguinte “o conteúdo da escrita ou da imprensa é a fala. Mas o leitor permanece quase que inteiramente inconsciente, seja em relação à palavra impressa, seja em relação à palavra falada.” (McLuhan, 1967, p.33).


Diante disso, o importante é que o educador seja capaz de navegar pela rede e descobrir coisas novas que possa utilizar em suas práticas. Com esta experiência será possível junto com seus alunos construírem e divulgarem conhecimentos, tendo consciência e conhecimentos sobre mídias, para que esse exercício não se torne simples repetição. Pois de acordo com Moran:



Ensinar na e com a Internet atinge resultados significativos quando se está integrado em um contexto estrutural de mudança do processo de ensino-aprendizagem, no qual professores e alunos vivenciam formas de comunicação abertas, de participação interpessoal e grupal efetivas. Caso contrário, a Internet será uma tecnologia a mais, que reforçará as formas tradicionais de ensino. A Internet não modifica, sozinha, o processo de ensinar e aprender, mas a atitude básica pessoal e institucional diante da vida, do mundo, de si mesmo e do outro. (Moran, 1997, p.7)



Dominar as linguagens tecnológicas e o seu conteúdo é também uma proposta de Kellner quando ele afirma que:



É importante que esse projeto seja desenvolvido, para o ensino de um modo crítico de decodificar as mensagens da mídia e de distinguir seu complexo espectro de efeitos. É importante a capacidade de perceber as várias expressões e os vários códigos ideológicos presentes nas produções da nossa cultura e fazer distinção entre ideologias hegemônicas e as imagens, os discursos e os textos que as subvertem. Também é importante aprender as discriminar entre o melhor e o pior da cultura da mídia e cultivar as subculturas contestadoras e alternativas (...). Isso exige o aprendizado da discriminação e do cultivo dos melhores saberes da cultura da mídia, além de outras modalidades de cultura. (Kellner, 2001, p.424-425)



Essa preocupação de Kellner em decodificar as mensagens, suas ideologias, discursos e textos é o que tem que ser considerada pela escola. Pois, devemos levar em conta quem pertence os meios; quem tem domínio sobre os conteúdos e quem constrói informações, para que todos sejam atores em “um ambiente rizomático, sem começo nem fim, onde o próprio internauta decide qual caminho seguir” (Capobianco, 2009, p.12)


Silverstone (2002) e Thompson (1998) discutem e alertam sobre o papel da mídia na formação educacional. Silverstone (2002) propõe estudar a mídia numa dimensão social, cultural, política e econômica. Estudá-la como algo que contribui para nossa capacidade de compreender o mundo, de produzir e partilhar seus significados. Para o autor o estudo da mídia deve ser uma ciência relevante e também humanista. A escola deve ter o estudo da mídia como conteúdo em suas práticas diárias.


Nas palavras de Thompson (1998), os meios de comunicação produzem mudanças com muita rapidez na vida dos indivíduos, interligando-os globalmente. O referido autor defende a força da mídia, como influenciadora na formação e educação, por isso aconselha que os professores trabalhem mais a natureza e o processo de construção e desenvolvimento das mensagens da mídia.


Portanto, além saber usar a tecnologia na sala de aula, tem saber como utilizar seus conteúdos fazendo uma leitura critica e o uso criativo. Dentro dessas perspectivas e levando em consideração o que os teóricos pensam sobre a mídia, as novas tecnologias e os novos modos de aprender, é possível verificar que as práticas de ensino e de aprendizagem contemporâneas são enriquecidas e tornam-se muito mais significativas.



Referencias Bibliográficas


CAPOBIANCO, Janaina. Juventude e Internet. In: Introdução a uma leitura critica e criativa das Mídias. Modulo 6: Cuiabá, 2009.



DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do Futuro. São Paulo: Ática, 1998, 2ª edição.



KELLNER, Douglas. A Cultura da Mídia – Estudos Culturais: Identidade e Política entre o Moderno e o Pós-moderno; tradução de Ivone Castilho Benedetti; Bauru; EDUSC, 2001.



MCLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. São Paulo: Cultrix, 1969.



_________________. A Galáxia de Gutenberg. São Paulo: Cultrix, 1967.



MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na educação. In: Revista Eletrônica Scielo-Brasil-Ci.Inf. v.26 n. 2 Brasilia May/Aug. 1997 http://www.scielo.br/pdf/ci/v26n2/v26n2-5.pdf - 01/07/2009


______________. Novos desafios na educação - a Internet na educação presencial e virtual. In: Saberes e Linguagens de educação e comunicação, organizado por Tânia Maria E. Porto. Editora da UFPel, Pelotas, 2001, páginas 19-44.



SILVA, Eva Aparecida da. Música na televisão: recepção e educação musical em Barra do Bugres-MT. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Linguagem, Pós-graduação em Estudos de Linguagem, Área de concentração: Estudos Literários e Culturais, 2008.



SILVERSTONE, Roger. Por que Estudar a Mídia? . São Paulo: Edições Loyola, 2002.



THOMPSON, John B. A Mídia e a Modernidade: uma teoria social da mídia: tradução de Wagner de Oliveira Brandão: revisão da tradução Leonardo Avritzer, Petrópolis: Vozes, 1998.


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Atividade final

Olá pessoal!

Estamos começando a postar no blog os trabalhos finais do módulo 6, dos cursistas que já completaram a tarefa. Com certeza este compartilhamento nos trará novos conhecimentos e visões sobre o tema.

Estamos aguardando sua participação!

Boa leitura a todos!

A juventude e a internet, por Sandra Márcia Giaretta

A Internet tornou-se o maior veículo de interação no mundo, pois se cria um universo paralelo ao real, uma territorialidade simbólica como disse Lemos (2004, pág. 139), onde ao mesmo tempo em que se desagrega a realidade próxima, também se entrelaçam novas formas culturais, novas formas de relacionar-se e viver, com perspectivas diversas das conhecidas. Pode-se realizar tudo neste mundo virtual, ser quem bem entender, transformar desilusões em sonhos possíveis, um verdadeiro milagre para qualquer um. Imagine para os jovens que estão em busca de afirmação e encontram um mundo em desagregação de modelos e valores. A internet torna-se um veículo de construção social dessa nova geração.

Os jovens são um dos grupos etários mais receptivos às novas tecnologias. Tornam-se, deste modo, um alvo bastante interessante para ter como base de pesquisa de acesso e utilização da Internet. Um estudo realizado pelo grupo Marktest (25/06/2003) chegou a algumas conclusões como: que acedem majoritariamente no período noturno, principalmente entre 20 a 24 horas, nos dias úteis e nos domingos, sendo quase integral o uso neste dia da semana. Ao sábado, os acessos à Internet são mais estáveis ao longo de todo o dia (entre as 12H e as 01H), sendo no período noturno, bastante inferior relativamente aos acessos que se registram neste período tanto aos dias da semana como aos domingos.

A pesquisa revelou alguns traços dominantes e variações importantes que não permitem desenhar um retrato do jovem internauta: o acesso em casa e o uso na escola são determinantes nas práticas dos jovens e geram abordagens muito diferenciadas entre eles: o sexo, a idade, o nível de prática e de familiarização com a Internet são variáveis que influenciam os modos de uso e os objetivos; as meninas são menos consumidoras de Internet que os meninos, preferindo sites de relacionamento (Orkut, MSN).

O jovem tem consciência da necessidade de apreender a usar essa ferramenta para a sua vida profissional e social, mas percebe-se que encoberta pela banalização/disseminação progressiva, se desenha a desigualdade de acesso e oportunidades.

Para mais, buscar: http://rbe.blogspot.com/2007/06/os-jovens-e-internet-representao.html

Sandra Márcia Giaretta

Referência Bibliográfica

NOVA ESCOLA. Junho/julho de 2009.
VEJA. Edição 2113- ano 42 – nº20, maio de 2009.
FOLHA DO ESTADO. 25/05/2009; Cuiabá.

Sites:
WWW.cienciahoje.uol.com.br
WWW.educarede
WWW.marktest.com

Juventude e internet, por Rosemary M. F. das Neves

O ser humano constrói sua identidade por meio das regras, valores e leis da sociedade em que está inserido. Há hoje com a internet uma infinidade de opções para que os indivíduos se comuniquem e interaja um com o outro pelas novas tecnologias digitais. Tais tecnologias possibilitam a utilização de novos meios de comunicação, sobretudo, das comunidades virtuais.

Na sociedade contemporânea os computadores e os celulares tornaram-se meios de comunicação de uma geração que, desde os primeiros anos escolares e, em alguns casos, ainda antes, mantém contato com a informática.

Para esta nova geração a integração social e a socialização, em muitas situações, dão-se mais no espaço virtual do que no espaço da realidade concreta, cotidiana, o que pode dificultar o estabelecimento de vínculos. Por outro lado, percebe-se uma infinidade de comunidades virtuais que se utilizam de ferramentas que, muitas vezes, podem desenvolver no usuário a sensação de pertencimento a um determinado grupo, favorecendo pelo menos algumas formas de se estabelecer vínculos sociais, elemento fundamental da vida do ser humano, seja para a educação ou para a vida de forma geral.

O meio pode ser virtual, mas o jovem se envolve com sentimentos reais, com questões e problemáticas reais, nas suas aventuras pelo universo digital. Nada mais real do que a paquera ou a fofoca que rola no MSN. “A sensação de proximidade com a turma, o sentimento de pertencer a uma determinada comunidade, a abordagem e o contato com o sexo oposto fazem parte de um rol de situações reais, que transmitem sensações verdadeiras e que ajudam a criar conexões e identidades mais do que legítimas.

A tecnologia se tornou a ferramenta da afirmação autônoma dos jovens no mundo e um meio desses jovens se lançarem no universo social, ainda que virtual, um lugar onde eles exercitam critérios de amizade e onde buscam padrões de comportamento. Jovens não costumam apreciar burocracias e intermediações e, na internet, seus desejos são acessados diretamente – como exemplificado pelo rápido download de arquivos mp3. “A tecnologia parece ajudar os jovens a lidar com os dilemas típicos dessa faixa etária – identidade, personalidade, desejos e auto-expressão”.

Estudiosos no assunto em questão acreditam que a procura dessa interação interpessoal mediada pelas tecnologias pode estar relacionada à dificuldade do indivíduo de se expor ao outro. A partir de uma visão cognitivo-desenvolvimental e baseado nos estudos de Piaget, Helen Bee (1997, p.) identificou que o relacionamento interpessoal passa pela busca da identidade e a sua independência e maturidade se faz no fortalecimento de uma auto-estima. Segundo essa pesquisadora, o desenvolvimento do raciocínio moral se fortalece através da vivência com o grupo e somada a complexidade que isso implica. Assim, a interação deverá ser construída como caminhos, que o jovem deverá percorrer para conseguir se estabilizar emocionalmente e, como conseqüência, atingir sua maturidade e fazer suas escolhas.

Muitas são as reflexões sobre como se tem dado a aquisição do conhecimento pela nova geração, imersa em tecnologias contemporâneas, bem como no mundo virtual, sobre as atuais pesquisas acerca da relação jovens e Internet, sobre o processo de comunicação, o desenvolvimento cognitivo humano, mudanças comportamentais e também sobre as teorias da psicologia social.
O comportamento flexível é notório nessa nova geração, enquanto assistem à televisão navegam pela internet em busca de mais informação, compartilham suas opiniões com amigos por meio de ferramentas como o Messenger ou o Orkut, falam ao celular sem nenhuma dificuldade.

Constatou-se que nas últimas décadas, não de forma linear ou homogênea, indivíduos e sociedade se prepararam para receber as tecnologias vigentes que, apesar de paulatinamente, chegaram num processo dinâmico, acelerado e globalizado.

Por outro lado, algumas pesquisas apresentaram que os jovens estão mais individualistas e apáticos quanto às questões ligadas ao futuro, como a falta de perspectiva profissional, bem como com as questões ligadas à política.

Na aquisição de conhecimento as pesquisas demonstraram, que de acordo com a facilidade que o jovem tem ou teve em acessar as tecnologias, sobretudo as mídias digitais, apresentaram um processo evolutivo e ampliaram seus conhecimentos muitas vezes no âmbito lúdico para realizações na esfera do conhecimento acadêmico.

No entanto, os principais resultados dessas pesquisas apontam para uma das preocupações geradas pelo uso das novas tecnologias: a acessibilidade não igualitária de todos os jovens à internet, que acabou por criar os excluídos digitais.

Portanto, não há como classificar todo o conjunto de jovens em uma geração específica como sugerem alguns teóricos, principalmente em um país como o Brasil, onde se convive com vários contextos sociais. Muitos jovens mesmo tendo o acesso ao computador não têm um preparo cognitivo e nem um planejamento comportamental.

A internet e as mídias digitais são necessárias e úteis como facilitadores do processo do conhecimento e de socialização, assim como outras tecnologias que podem também estimular os processos cognitivos, porém, é necessário um novo olhar para as verdadeiras desigualdades sociais culturais.

O impacto do avanço tecnológico no mundo desses jovens não será resolvido apenas com o acesso às tecnologias modernas, como um computador conectado a uma banda larga, sem esses jovens terem tido a familiarização com outras tecnologias educacionais que as anteciparam, dando suporte ao processo cognitivo para ocorrer à acomodação e a assimilação como, por exemplo, na hora de interpretar um manual de um computador ou um celular, ambos de última geração. Se o jovem não tiver a clareza da língua pátria e recebido estímulos para desenvolver cognitivamente seu raciocínio lógico, encontrará grandes dificuldades em compreender e fazer uso da mesma.

A educação é a essência, a base, o alicerce de toda e qualquer sociedade.

As tecnologias no processo de ensino, quando acompanhadas e bem orientadas proporcionam uma gama de conhecimento, uma infinita fonte de construção e inclusão social.

É necessário repensar a educação, reaprender a ensinar, a participar com os alunos de novos conhecimentos. As novas tecnologias da informação e comunicação elencam novas perspectivas, não só no campo da educação, mas também de sociedade, transformando o longe no perto e o acesso ilimitado ao conhecimento uma possibilidade universal.

O uso das tecnologias no processo de ensino aprendizagem são grandes aliadas da educação, se bem aproveitadas, possibilitam uma aprendizagem com eficiência e rapidez. Sendo assim, tudo que se fizer em prol da correta utilização da informática, certamente se estará indo em direção de um futuro promissor na área do desenvolvimento humano.

Rosemary M. F. das Neves

Referências bibliográficas

BORAN, J. Juventude, o Grande Desafio, 3ª ed. São Paulo: Paulinas, 1983.
______, J O futuro tem nome: juventude: sugestões práticas para trabalhar com
jovens, São Paulo: Paulinas, 1994.
CASTRO, L. É hora de ouvir a voz do jovem, Jornal Mundo Jovem, Porto Alegre,
n 374, p. mar. 2007.
FERREIRA, R. Convivendo com a diversidade. Jornal Mundo Jovem, n 374,Porto
Alegre, p. mar. 2007.
FRITZEN, S.J. Relações humanas interpessoais: nas conivências grupais e
comunitárias. Petrópolis: Vozes, 1987.
RYAN, Ir. G. Um guia para o educador Marista, Roma: FTD, 1989.
SOUZA, H. P. Crescer por dentro também é tarefa da família, Jornal Mundo
Jovem, Porto Alegre, n 375, p. Abr 2007.
SOUZA, R.A. Juventude e mídia: quem não se comunica não é. Revista PJ a
Caminho, n 93, p. 08-13, Jul, 20
SEBIT, L. C. Educadores em confronto com um novo jeito de pensar. Jornal
Mundo Jovem, coleção, Porto Alegre, p. 11. mar. 2007.

Sites
http://datafolha.folha.uol.com.br
http://www.ibope.com.br
http://www.cetic.br
http://www.cgi.br
http://portalexame.abril.com.br
http://www.jornalistasdaweb.com.br
http://idgnow.uol.com.br
http://pt.wikipedia.org/

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Blog criado! Hora de divulgá-lo.

Criar um blog é uma das atividades do módulo Juventude e Internet. Entre temáticas variadas, 21 cursistas já deram vida a sua página virtual.

Você que ainda vai criar o seu, aproveite a relação que preparamos para dar uma espiada nas páginas dos colegas e tomar gosto pela “coisa”. A relação dos blogs está aí do lado. É só clicar!

Parabéns aos que já conseguiram.

Abraços

Janaína e Livia

quinta-feira, 16 de julho de 2009

“O aluno não quer mais se sentar e ouvir”

Gente, vou reproduzir aqui para vocês uma ótima entrevista que o Alex Primo, professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação da UFRGS, concedeu ao Zero Hora, de Porto Alegre, em fevereiro deste ano.

Vocês se lembram das referências que eu e a professora Janaína fizemos aos seus estudos no texto do Módulo 6? Pois é, aqui ele sustenta a idéia de que o mundo digital deu origem a um novo padrão de estudante, acostumado ao uso da tecnologia. Para se adequar a esse perfil, escolas e educadores devem rever suas práticas.

Aí vão os trechos da entrevista:

Zero Hora – Qual principal o impacto das novas tecnologias na vida do estudante?

Alex Primo – O acesso às informações. Antes, a educação era baseada no livro, e os livros eram prescritos pelos professores como a informação que devia ser estudada, onde estavam as respostas. Hoje, mesmo uma criança tem possibilidade de buscar as soluções na internet.

Zero Hora – O que isso muda?
Primo – Constrói na criança o espírito da investigação. Não é o professor que entrega uma resposta pré-definida. Ela vai atrás para construir suas respostas.

Zero Hora – É um novo aluno?
Primo – Sem dúvida. Antigamente, falava-se em ensinar. Hoje, é preciso ter preocupação maior com a educação, como um processo global para a aprendizagem e para a produção ativa. O aluno não quer mais se sentar e ouvir, porque ele está acostumado a produzir por meio das novas tecnologias.

Zero Hora – Isso exige uma adaptação na maneira de dar aula?

Primo – Demanda-se um maior dinamismo nas aulas e a valorização da expressão multimídia: usar fotos, sons, textos em blogs para os estudante poderem valorizar aquela linguagem que eles conhecem. Se não se fizer isso, fica um hiato muito grande entre linguagem do aluno e do professor.

Zero Hora – Os jovens de hoje têm menor capacidade de concentração?

Primo – Uma vez escutei que havia professores que ensinavam em blocos de 15 minutos e contavam uma piada, para seguir o ritmo da televisão. Agora, percebemos uma mudança, as pessoas se afastando da TV e indo para o computador, onde a dedicação é total. Ficam horas no computador. A diferença é que hoje se navega em muitas janelas ao mesmo tempo. O jovem conversa, navega, vê vídeos, tudo ao mesmo tempo. Então, é uma concentração fragmentada.

Zero Hora – A internet estimula a cópia de trabalhos?

Primo – O plágio, a cola da enciclopédia sempre existiu. Eu lembro de fazer isso quando criança, vários alunos copiavam informações das enciclopédias, o professor recebia muitas cópias e nem se dava conta. Não é um problema novo, da internet. O interessante é que o aluno comece a reconhecer a importância da consulta às fontes e de valorizar a autoria, não minimizar a importância da busca de informações e citações.

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E aí, o que acharam?

Beijos e ótima semana pra todo mundo!